Gabriel Wickbold começou sua carreira como fotógrafo em 2006, após passar pela poesia e pela música. Ao longo de sua carreira, Wickbold produziu 6 séries autorais e tem em seu currículo exposições em cidades como São Paulo, Nova York, Estocolmo, Lisboa, Londres e Miami.
Algumas de suas obras fazem parte de coleções permanentes de importantes museus, como Erarta (São Petersburgo, Rússia) e MAB (São Paulo, Brasil).
Antes da quarentena eu estava com uma exposição que remetia aos 14 anos do meu trabalho. Foi uma ginástica gigante, que levou meses para dar forma a essa exposição. A mostra durou apenas uma semana e precisou ser interrompida. Nesse tempo tive a oportunidade de criar algo novo, tentar contar uma história por meio do momento que estamos vivendo e sentir sobre a necessidade desse reencontro do ser (indivíduo) e do “somos” (lugar onde estamos juntos).
Gabriel é um dos artistas favoritos do nosso canal e espero que gostem de mais essa dica cultural!
Sexual Colors (2009)
O homem se transforma em uma instalação artística, o ensaio em uma performance. O corpo como tela, como base, como energia vital. São seres líquidos. Suor e lágrimas, prazer e dor. O Ser humano é naturalmente essa explosão. Os sentimentos surgem além da imagem, na intensidade das cores, no desenho da tinta no ar, nas camadas que escondem e revelam. Um mergulho que desperta nossos sentidos. O artista sai da câmera e passa a trabalhar diretamente com a mão na tinta, desenhando, cobrindo e raspando.
Naïve (2012)
A inocência do ser humano que se acha superior à natureza é o ponto de partida desta série. A cara seca craquelada não tem cor, ela é a base para elementos como flores, frutos e insetos. O enquadramento limita e mostra apenas a cabeça, o essencial. Ela representa a ganância do homem. Essa instalação cria um efeito inédito, até certo ponto perturbador. Uma expressão filosófica da submissão do homem perante a natureza.
I Am Ligth (2018)
Nesta série, Gabriel mostra que a fotografia também é pintar com a luz e convida o espectador para olhar a si próprio e buscar a compreensão de que tudo o que precisamos está dentro de nós mesmos. “Aqui, quero mostrar que o ser humano é luz e é de dentro dele que parte um universo infinito de possibilidades” diz o artista. Utilizando diversas técnicas para representar essa iluminação espiritual, os modelos cobertos de glitter desenham no ar.